sexta-feira, 19 de março de 2010

Polícia Civil lança projeto "Anjos das Escolas" - Paraná

17/02/2003 00:00

A Polícia Civil do Paraná lançou, na manhã desta segunda-feira (17), o projeto “Anjos das Escolas”, na Escola Estadual Dona Branca do Nascimento, bairro Bacacheri, em Curitiba. A iniciativa, que pretende aproximar os policiais da comunidade, será desenvolvida em conjunto pela Dinarc (Divisão de Narcóticos) e os grupos de elite da Polícia Civil Tigre (Tático Integrado de Grupos de Repressão Especial) e Fera (Força Especial de Repressão Antitóxicos), com apoio da União dos Conselhos Comunitários de Segurança (Uniconseg) – que congrega todos os conselhos de segurança do Estado.
A força tarefa vai atuar principalmente no combate ao tráfico de drogas, fazendo palestras e explicando aos alunos quais são os trabalhos desempenhados pela polícia. Na manhã de segunda-feira, a Escola Dona Branca foi a primeira a ser visitada, de uma série de instituições de ensino por onde essa força tarefa passará, fazendo demonstrações com cães amestrados (treinados para farejar drogas) e do equipamento utilizado pelos grupos de elite da PC.
“Este projeto é de grande importância, uma vez que dá mostras para a comunidade que ela pode contar com os policiais e que eles estão a seu serviço. Isso porque, qualquer escola está sujeita a enfrentar problemas com drogas e se pudermos evitar e manter os traficantes e as drogas longe das nossas crianças, com certeza o faremos”, disse a professora Sandra Costa Ulsan, diretora da Escola Dona Branca, que conta hoje com cerca de 1.200 alunos divididos em 16 turmas. Segundo ela, o projeto desencadeado é a certeza de que a escola está protegida e oferece mais segurança aos pais e alunos.
Esforços – O presidente do Conselho Comunitário de Segurança do Bacacheri, membro da Uniconseg e da Pastoral da Sobriedade, José Augusto Soavinski, esclareceu que a implementação do projeto foi uma iniciativa do delegado-geral da Polícia Civil, Adauto Abreu de Oliveira, e que conta com apoio dos Conselhos comunitários de Segurança do Estado. “Esta força tarefa é uma somatória de esforços da Dinarc e dos grupos Tigre e Fera, que vão atuar integrados no combate ao tráfico de drogas, trazendo mais tranqüilidade às escolas”, adiantou.
Durante a apresentação na Escola Dona Branca, o coordenador do Grupo Tigre, Riad Farhat, assinalou que o objetivo da medida é levar maior segurança ao ambiente escolar, onde as crianças podem ser alvo fácil dos traficantes. Segundo ele, o Tigre – criado há 12 anos – atua em situações com reféns e operações de alto risco (entre as quais as situações que envolvem drogas). O policial fez um breve relato do trabalho desenvolvido pelo grupo que, hoje, conta com 20 homens, especialmente treinados e preparados para atuar em operações especiais. Riad também mostrou parte do equipamento utilizado pelos policiais, como armamentos (FAO 762, Colt AR15, submetralhadora HK de 9 mm, versão americana de M16, fuzil automático FAO 556), rádios utilizados para a comunicação entre os membros do grupo, capacete e escudo balístico para proteção e máscara de gás, entre outros.
Tysson – O ponto alto da apresentação do dia, no entanto, ficou por conta de Tysson, um cão repriever do Labrador, com cinco anos de idade, treinado especialmente para farejas drogas, como maconha, haxixe, cocaína e crack. Alfredo Antônio Müller Neto, adestrador de cães há mais de 30 anos, sete deles treinando animais na Polícia Civil, mostrou como o cão fareja e encontra drogas escondidas em qualquer lugar. Ele usou um pano com odor de drogas para demonstrar aos alunos como o cachorro fareja o entorpecente.
“Se queremos um bairro melhor e mais seguro para nossas crianças e nossas famílias precisamos tomar medidas que impeçam a escalada do tráfico, através de medidas preventivas. Ou a gente combate o tráfico, ou deixamos tudo como está”, disse José Augusto, alertando ainda para os motivos de homicídios, ocorridos em Curitiba, nos quais de cada quatro mortes, três foram ocasionadas por algum envolvimento com drogas. “Não queremos que os nossos alunos fiquem expostos a esse tipo de situação. Por esta razão, a idéia do delegado Adauto foi muito bem recebida entre a comunidade do Bacacheri e será estendida, num primeiro momento, para as escolas Leôncio Correia, Eni Caldeira e Maria Montessori, no Bairro Alto”, completou.
Extraído do site:
http://www.aen.pr.gov.br/modules/noticias/article.php?storyid=3122&tit=Policia-Civil-lanca-projeto-Anjos-das-Escolas

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