quarta-feira, 19 de maio de 2010

INFORMAÇÕES E FOTOS SOBRE PROJETO POLÍCIA CIVIL COMUNITÁRIA E A SINERGIA DA COMUNIDADE


"tanto a polícia quanto a comunidade devem trabalhar juntas para identificar, priorizar e resolver problemas contemporâneos tais como crime, drogas, medo do crime, desordens físicas e morais e, em geral, a decadência do bairro, com o objetivo de melhorar a qualidade geral da vida na área"
Trojanowics e Bucqueroux
- Cópia do projeto no site: http://blogdodelegado.files.wordpress.com/2010/03/projeto_policiacivcom_2010.pdf -

Há alguns anos comentava-se que o crime fazia parte do cotidiano das pessoas apenas nas grandes cidades. Um crime praticado em uma cidade de pequeno ou médio porte era uma exceção, proporcionava uma grande comoção, todos se mobilizavam para ajudar a polícia e era, sem dúvida alguma, um fato anormal, que amedrontava toda a comunidade.

Lamentavelmente percebemos que na conjuntura atual essa realidade mudou. O crime tem feito parte do cotidiano das pessoas, independente da localização ou tamanho das cidades a vida humana tem sido ceifada por muito pouco, a integridade física tem sido desrespeitada constantemente e as drogas estão, cada vez mais, fazendo parte da nossa realidade, principalmente da realidade de crianças e adolescentes.

Para muitos, valores tradicionais como a família, a solidariedade, a fraternidade, a igualdade, o respeito, a caridade, a fé e o amor ao próximo tornaram-se ultrapassados.

A mídia tem disseminado a cultura de que esses valores são antiquados e tem imposto uma ideologia baseada no consumismo e na mera acumulação de capitais. Notamos que hoje o “ter” é mais importante que o “ser”.

Quando assistimos aos noticiários percebemos que a impunidade tem sido uma conseqüência natural de muitos crimes, principalmente daqueles praticados por políticos e pessoas poderosas, de grande poder aquisitivo. Essa constatação tem estimulado e desencadeado a prática de outros delitos e a idéia de que, no Brasil, os poderosos não são presos.

Nesse contexto muitos têm culpado a polícia por não oferecer uma resposta satisfatória em desfavor da criminalidade. Também muitas críticas têm sido feitas em virtude do distanciamento que a polícia tem da população e que essa forma de atuar tem tornado a sua atuação ineficaz e isolada dos anseios da comunidade.

Como forma de lutar contra esses problemas, depois de discutir e debater o tema com diversos especialistas no assunto, bem como o contato diário com policiais e todos os segmentos da sociedade, passamos a perceber que uma das principais causas é o distanciamento entre a polícia e a comunidade.

Em contrapartida percebemos que a aplicação da filosofia de polícia comunitária poderia atenuar esses problemas. Nesse contexto criamos o projeto Polícia Civil Comunitária.



Finalidade do projeto Polícia Civil Comunitária

Em virtude dos motivos retro apresentados resolvemos aplicar os princípios da filosofia de polícia comunitária na atuação da Polícia Civil e sob esse ponto de vista apresentamos o projeto Polícia Civil Comunitária, inicialmente instalado no município de Santana da Ponte Pensa e em implantação em outras localidades.

O projeto Polícia Civil Comunitária pode ser definido como um modelo de segurança pública baseado em um conjunto de ações visando aproximar a população e a polícia, criar perante o público externo uma relação de credibilidade, oferecer qualidade total e atendimento diferenciado para o cidadão, fazer com que a sociedade civil colabore com informações, denúncias anônimas, sugestões e críticas, diagnosticar os problemas criminais da comunidade e planejar uma resposta pró-ativa, realizar parcerias com a comunidade e órgãos públicos, criar um sistema de prevenção social da violência e do crime e mobilizar a comunidade para esse fim, estimular a participação efetiva da população na gestão da segurança pública do município e promover avaliações rotineiras da atuação e do nível de eficácia da polícia.



Entes participantes do projeto no município de Santana da Ponte Pensa

Polícia Civil do município, Delegacia Seccional de Polícia de Jales, Polícia Militar, Conselho de Segurança Comunitária (CONSEG), Escola Estadual Domingos Donato Rivelli, Prefeitura Municipal, Câmara dos Vereadores, Centro de Referência da Assistência Social, sociedade civil, entidades públicas e privadas, entidades religiosas e comunidade.



Ações do projeto Polícia Civil Comunitária

O projeto é constituído por diversas ações com a finalidade primordial de estimular uma aproximação entre a Polícia Civil e a comunidade. Dentre as ações podemos citar as seguintes:



Reunião com a população

No dia 12 de janeiro de 2010 realizou-se reunião com a comunidade, membros do CONSEG, autoridades políticas, servidores públicos, líderes comunitários, líderes religiosos e representantes de outros órgãos na Escola Estadual Domingos Donato Rivelli.


A reunião contou com a participação de aproximadamente 120 pessoas e na ocasião foi apresentado e debatido o projeto Polícia Civil Comunitária no município. Também se utilizou a oportunidade para verificar se as medidas adotadas atendiam as expectativas sociais e institucionais, discutir alternativas visando incrementar e aprimorar o projeto, analisar os principais problemas criminais da população, suas implicações e formas de prevenção e repressão contra os mesmos.






Caixas coletoras

No dia 19 de janeiro de 2010 foram instaladas diversas caixas coletoras de informações pelo município para que a população colaborasse com denúncias anônimas, sugestões e críticas ao trabalho policial.

As caixas coletoras foram instaladas no Centro de Saúde, Prefeitura Municipal, Câmara dos Vereadores, Cartório, Agência dos Correios e outros locais.

Nos locais em que foram instaladas as caixas coletoras houve também a afixação de cartazes com o intuito de estimular a utilização das mesmas.

Toda a semana os policiais civis do município têm visitado os locais que foram instaladas as caixas e recolhem as informações colocadas no interior das caixas. Depois se realiza reunião entre os referidos policiais para analisar as informações. Aquelas consideradas de natureza criminal são devidamente investigadas, sempre fazendo uso dos instrumentos da tecnologia da informação e da inteligência policial disponíveis para a Polícia Civil do Estado de São Paulo.
Nos primeiros três meses após a instalação das caixas foram colhidas quarenta e cinco informações, dentre elas trinta e uma de natureza criminal e quatorze de natureza não criminal. As informações foram discutidas entre os policiais e aquelas de natureza não criminal foram discutidas também com os órgãos competentes visando solucionar os principais problemas que afligem a comunidade. Parte das informações proporcionaram a elaboração de FOCIAs – Folha de Infração Administrativa que foram encaminhadas para os referidos órgãos.

Também se tornaram freqüentes, inclusive no horário de expediente, visitas nas escolas, estabelecimentos comerciais e residências na zona urbana e rural visando uma melhor aproximação com a sociedade e demonstrar presença constante da Polícia Civil no cotidiano das pessoas, sempre com a finalidade de prestar o serviço público da melhor forma possível, com o respeito e a confiança de todos.



Zona Rural Solidária (ou Vizinho Solidário)

No dia 04 de fevereiro de 2010 realizou-se reunião com pessoas que trabalham na zona rural ou possuem propriedades rurais no município para discutir os problemas criminais que atingem a referida área.

Na primeira metade da reunião pretendeu-se apresentar dicas de segurança para que evitem ser vítimas de crimes. Na outra metade foram debatidas soluções para os problemas criminais que afligem a zona rural do município.

Nesta ação denominada Zona Rural Solidária, foi elaborada uma lista em que cada um dos participantes colocou nome, propriedade rural e telefones para contato. Foram distribuídas cópias da lista, ao final da reunião, para todos os participantes. Com isso pretendeu-se criar uma rede de apoio e prevenção social para que os crimes fossem evitados nas propriedades rurais. Caso moradores das propriedades rurais percebam movimentos suspeitos nas redondezas da propriedade eles foram orientados a contatar os vizinhos e se necessário a polícia.

Também se pretendeu intensificar o fluxo de informações prestadas pelos produtores rurais para os policiais civis.

Foi distribuído texto com dicas para evitar que o proprietário rural seja vítima de crimes, principalmente do furto de gado e de implementos agrícolas, conforme cópia anexa.








Combate as bebidas alcoólicas

Nos estabelecimentos que comercializem bebidas alcoólicas foram afixados cartazes com a informação sobre o crime de vender bebidas alcoólicas para menores de 18 anos (artigo 243 da Lei 8.069/90).

Realizou-se reunião na Delegacia de Polícia com os proprietários de estabelecimentos que comercializem bebidas alcoólicas para a entrega dos cartazes, bem como orientação sobre a proibição das referidas condutas.



Jovens em situação de risco

A Polícia Civil, o Conselho Tutelar, a Polícia Militar, o Centro de Referência da Assistência Social da Prefeitura Municipal e outros órgãos públicos participaram de reunião no dia 20 de janeiro de 2010 na Delegacia de Polícia com a finalidade de discutir a realização de um trabalho pró-ativo de busca de jovens em situação de risco, principalmente no período noturno, pelas vias públicas da cidade.

Os familiares dos jovens encontrados em situação de risco serão notificados a comparecer na Unidade Policial, aonde serão orientados pelos policiais civis e membros do Conselho Tutelar.

Foram realizadas diversas buscas de jovens em situação de risco no município, porém não foram encontrados, principalmente pelo fato dos menores saberem da referida ação e por esse motivo não ficarem mais pelas ruas do município, no período da noite



Criação do e-mail da Unidade Policial

Foi criado o e-mail policiacivildesantana@hotmail.com para que a população tivesse um canal direto pela internet com a polícia visando dessa forma permitir o envio pela internet de denúncias anônimas, críticas e sugestões com o intuito de auxiliar o trabalho da Polícia Civil.

A Unidade Policial recebeu e-mails com informações sobre crimes e os mesmos foram encaminhados para o Setor de Investigações Gerais (SIG) desta Unidade de Polícia Judiciária.



Informações por telefone

Foi difundido o telefone da Unidade Policial (17-3692-1133) e estimuladas as denúncias anônimas pelo referido meio.



Ocupação dos espaços ociosos da Delegacia de Polícia

Utilização do espaço em que se localizava a antiga carceragem da Unidade Policial para a realização de cursos e projetos sociais junto a comunidade.

Atualmente parte das dependências da Delegacia de Polícia é ocupada por um projeto que ensina pintura para a população, mas a Prefeitura Municipal está implantando curso de corte e costura no local.



Realização de palestras

Realizamos diversas palestras em estabelecimentos, principalmente naqueles ligados a educação. Procuramos primeiramente orientar os pais e professores para que eles discutissem na residência e nas escolas a problemática das drogas. Em um momento posterior proferimos as palestras, visando disseminar as conseqüências proporcionadas pelas drogas lícitas e ilícitas. Também organizamos atividades com os alunos para que seja atingida essa mesma finalidade. Uma das atividades será o concurso de cartazes e redações contra as drogas com alunos das escolas do município visando promover a escolha de um aluno por sala de aula.

Estamos articulando palestras no interior de entidades religiosas, projetos sociais do governo e outros segmentos da comunidade, principalmente com a finalidade de discutir os malefícios proporcionados pelas drogas.



Distribuição de texto sobre drogas

Distribuímos texto que apresenta perguntas e respostas sobre drogas.



Conheça a Polícia Civil

Os alunos da Escola Estadual Domingos Donato Rivelli foram levados até a Delegacia de Polícia do município para conhecerem a Unidade Policial, os policiais civis e as principais atividades desenvolvidas pela Polícia Civil no município.



Estreitamento dos vínculos entre os policiais civis

Realizamos encontros e confraternizações entre os policiais e seus familiares visando estreitar os vínculos de amizade e melhorar o relacionamento entre os policiais.

Também passamos a atuar no sentido de promover o reconhecimento, a valorização, a integração e o respeito à dignidade do policial.



Divulgação da filosofia de polícia comunitária para os policiais civis

Para oferecer um respaldo teórico para os policiais civis de Santana da Ponte Pensa sobre o que significa a aplicação da filosofia de polícia comunitária na atuação da Polícia Civil constantemente realiza-se a análise e discussão conjunta de textos que tratam da filosofia de polícia comunitária.



Divulgação do projeto na mídia

O projeto passou a ser divulgado em meios de comunicações da região. Também foram colocadas faixas, outdoor e adesivos em veículos pela cidade com o título do projeto.



Mapeamento da criminalidade

Foi elaborado mapeamento visando identificar os principais comportamentos criminais realizados no município para subsidiar uma atuação preventiva, repressiva e o policiamento preventivo especializado pela Polícia Civil.

Com base nas informações coletadas sistematizamos em planilhas o comportamento criminoso no município para subsidiar a atuação investigativa da Polícia Civil.

Realizamos a assinalação nas propriedades rurais em que ocorreram crimes nos últimos cinco anos, sob mapa do município fornecido pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), visando apresentar de forma gráfica os “pontos quentes” na zona rural do município e demonstrar aos proprietários a necessidade de prevenir esses crimes.



Criação do blog do projeto

Foi criado o blog Polícia Civil Comunitária com a finalidade de disponibilizar na rede informações sobre cada ação do projeto e dessa forma oferecer recursos para a implantação do projeto em qualquer lugar do país.

O blog pretende também difundir outras ações de polícia comunitária desenvolvidas pela Polícia Civil em outras localidades.


Revitalização dos jardins da Delegacia de Polícia

Revitalizamos os jardins e outras dependências externas da Unidade Policial com o auxílio da população, Escola Estadual Domingos Donato Rivelli, Prefeitura Municipal e Delegacia Seccional de Polícia de Jales.












Notícias em sites e na imprensa sobre o projeto












































Conclusão

Uma análise nos resultados do projeto Polícia Civil Comunitária nos permite constatar que o mesmo oferece uma melhor aproximação entre a Polícia Civil e a comunidade e por conseqüência maior eficácia na sua atuação e na pacificação social.

No decorrer da implantação do projeto percebeu-se que a Delegacia de Polícia de Santana da Ponte Pensa tornou-se um local freqüentado por pessoas de todas as idades e classes econômicas que têm oferecido informações, denúncias anônimas, sugestões e críticas sobre a atuação da Polícia Civil. A Delegacia de Polícia tornou-se um local para ser utilizado não apenas para a investigação de crimes, mas também um espaço humanizado, de proteção e respeito ao cidadão e de resolução de conflitos criminais e não criminais.

A segurança pública é dever do Estado, direito e responsabilidade de todos, sendo por isso um compromisso que deve ser constantemente renovado e o projeto Polícia Civil Comunitária representa justamente a renovação desse compromisso e decorre da sinergia de diversos expoentes da comunidade que legitimam e colaboram com a atuação da Polícia Civil.


HIGOR VINICIUS NOGUEIRA JORGE

Delegado de Polícia, professor da Academia de Polícia, titular de cadeira da Academia de Ciências, Artes e Letras dos Delegados de Polícia do Estado de São Paulo, presidente do Conselho Municipal Antidrogas de Santa Fé do Sul e especialista em polícia comunitária.
Site: www.higorjorge.com.br
Blog do projeto: http://policiacivilcomunitaria.blogspot.com
Blog dos Delegados de Polícia: http://delegadosdepolicia.blogspot.com
Conselho Municipal Antidrogas de Santa Fé do Sul: http://comadsantafe.blogspot.com/
Twitter: https://twitter.com/higorjorge

Convite - palestra "A ILUSÃO DAS DROGAS" em Santana da Ponte Pensa

CONVITE

Assista à palestra “A ILUSÃO DAS DROGAS” que será feita por HIGOR VINICIUS NOGUEIRA JORGE, na Escola Estadual Domingos Donato Rivelli.


A palestra será realizada no dia 20 de maio de 2010, em dois horários. Às 10h e às 19h.


Convide sua família, seus amigos e participe!



Palestra: “A ILUSÃO DAS DROGAS”
Local: Escola Estadual Domingos Donato Rivelli
Data: 20 de maio de 2010
Horários 10h e 19h

sexta-feira, 16 de abril de 2010

“Resgate da Dignidade da Polícia Judiciária Brasileira”, obra que relata a luta do delegado de polícia Mário Leite e do deputado federal Régis de Oliveira

Caros amigos,

encaminho convite recebido do meu amigo Mário Leite sobre o lançamento do livro que escreveu em parceria com o deputado Régis de Oliveira e trata do resgate da dignidade da Polícia Judiciária.
Considero muito importante o lançamento do livro, pois representa mais um passo em favor da Polícia Civil e da Segurança Pública.
Parabéns Mário Leite, parabéns Régis de Oliveira, pela atuação na luta pela dignidade de nossa Instituição.
Aproveitando, solicito que divulguem o lançamento do livro para suas listas de e-mails.
Um Fraterno Abraço.

Higor Vinicius Nogueira Jorge
http://www.higorjorge.com.br/



Caríssimo
Com imensa satisfação convido o estimado amigo para o lançamento do Livro “Resgate da Dignidade da Polícia Judiciária Brasileira”, obra que relata a minha luta e a do Deputado Regis de Oliveira na defesa dos interesses e direitos dos Delegados de Polícia na Câmara dos Deputados.
Sua presença é importante!
Neste momento decisivo da Polícia Civil, as Autoridades Policiais precisam demonstrar força e união!
Solicito a gentileza de divulgar o evento.
Antecipadamente, agradeço.
Um fraternal abraço.

Mário Leite de Barros Filho


DADOS SOBRE O EVENTO:

Data: Dia 29 (quinta-feira) de abril de 2010, às 17h30, na sede da Associação dos Delegados de Polícia do Estado de São Paulo - ADPESP, situada à Avenida Ipiranga, 919, Conjunto Cinerama, 9º andar, Centro São Paulo – Capital.

segunda-feira, 22 de março de 2010

Segurança pública, mediação de conflitos e polícia comunitária: uma interface

A segurança pública no Brasil é direito e responsabilidade de todos, pressupondo a manutenção da ordem e da tranquilidade por meio de práticas que incentivem a participação de todos na consecução desse direito. A integração entre a polícia e a comunidade possibilita a percepção da segurança pública como responsabilidade de todos e estabelece uma relação de confiança entre o policial e o cidadão. Facilita-se o diagnóstico da realidade do local de atuação, permitindo a adequada administração dos conflitos. A polícia comunitária representa uma prática de polícia próxima da sociedade e que, em função dos problemas vivenciados pelos cidadãos, passa a se especializar em mecanismos de solução de conflitos com base no diálogo. A mediação de conflitos é apontada nesse artigo como instrumento de colaboração para a adequada resolução de conflitos a qual estimula a percepção da segurança pública como responsabilidade de todos.
The public security in Brazil is a right and a responsibility of everyone. This concepts demands, for the maintenance of the order and the tranquility, actions that stimulate participation of all people. The integration between the policy and the community makes possible the perception of the public security as responsibility of all and establishes a reliable relation between the policeman and the citizen. By the knowledge of the local reality the police can well solve the conflicts. The communitarian policy represents policy next to the society, what allows the Police to know the problems and to solve them, when possible, with participation and dialogue. Mediation is pointed in this article as an instrument that stimulates the dialogue and perception of the public security as a responsibility of everyone.

sexta-feira, 19 de março de 2010

Sul Intimação Via Postal: Diplanco implanta projeto inédito nacionalmente - Rio Grande do Sul

Intimação Via Postal: Diplanco implanta projeto inédito nacionalmente
Projeto recebeu menção honrosa no III Fórum Brasileiro de Segurança Pública realizado, este ano, no Espírito Santo.

D


esde agosto de 2009, 192 Delegacias de Polícia, instaladas em 64 municípios do Rio Grande do Sul, já contam com a possibilidade da Intimação Via Postal. O programa, inédito no país, libera os servidores policiais, que antes necessitavam fazer a intimação pessoalmente, para uma maior dedicação as suas atividades-fim. Abrangendo a remessa dos mandados de intimação para vítimas, testemunhas e suspeitos por via postal, com AR — Aviso de Recebimento —, além da postagem de cartas precatórias, laudos, ofícios e outros tipos de correspondências, o projeto já recebeu duas premiações, uma menção honrosa no III Fórum Brasileiro de Segurança Pública e a seleção como o segundo melhor case de sucesso da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos, da região Sul.
            A Intimação Via Postal faz parte de um programa maior de Modernização e Melhoria da Gestão Pública — PMMGP — que vem sendo implantado na Polícia Civil, com o apoio do Governo do Estado, desde dezembro de 2005.  O projeto piloto foi desenvolvido, inicialmente, em 41 Delegacias de Polícia. Hoje, o PMMGP já possui ações implementadas em, aproximadamente, 200 dos 574 órgãos em operação da Polícia Civil e busca beneficiar a comunidade gaúcha com a qualificação dos serviços de polícia judiciária prestados pela Instituição. A operacionalização do Programa de Melhoria da Gestão Pública está a cargo do GTI — Grupo de Trabalho para a Implementação — que tem como presidente o Subchefe de Polícia e como vice-presidente o (a) diretor (a) da Diplanco — Divisão de Planejamento e Coordenação —, no momento, o Delegado Álvaro Steigleder e a Delegada Elisângela Piccoli De Bastiani, respectivamente.
           
O PMMGP é dividido em quatro grandes macroprocessos, sendo um deles Gerir Atividades de Apoio, dentro do qual está inserido o projeto de Intimação Via Postal. As intimações da Polícia Civil, até novembro de 2007, eram feitas exclusivamente por entrega direta, ou seja, pessoalmente, na presença do servidor policial. Com o objetivo de racionalizar este trabalho de intimação, a Polícia Civil iniciou um projeto piloto, inédito nacionalmente, de autoria da Diplanco, para a implementação da Intimação por Via Postal. Fizeram parte desse piloto a 14ª, 16ª e 17ª Delegacias de Polícia de Porto Alegre e as 1ª Delegacias de Polícia de Passo Fundo e Santa Maria.

Os resultados apurados revelaram a extrema conveniência de utilização da nova metodologia. Das intimações remetidas por via postal (AR) efetivamente entregues, 98,72% foram atendidas no dia e local aprazados. O tempo total médio de liberação dos servidores foi estimado em 63 horas/mês e a economia média de combustível foi de 150 litros/mês. Como benefício adicional, um sistema informatização, disponibilizado pela Empresa Brasileira e Correios e Telégrafos, emite as etiquetas de postagem, que podem ser rastreadas desde a sua postagem até a entrega final, ao mesmo tempo em que gera um banco de dados, contendo todos os destinatários e endereços.

Em novembro de 2008, foi concluída a 3ª fase de expansão do projeto Intimação Via Postal na Polícia Civil, que abrange 192 Delegacias de Polícia. E, em setembro deste ano, foi iniciada uma série de novos treinamentos a fim de expandir a sistemática a todos os órgãos policiais em operação. Com, aproximadamente, 650 inscritos, este treinamento está sendo desenvolvido em 25 turmas e se estende até o próximo dia 20 de outubro.

Turma do Curso de treinamento da Intimação por Via Postal


O curso está sendo ministrado na Acadepol — Academia de Polícia Civil — e tem como conteúdo programático a apresentação do Programa de Modernização e Melhoria da Gestão Pública na Polícia Civil; o processo de intimar; os aspectos legais da intimação por via postal e sua importância; o projeto de Intimação por Via Postal na Polícia Civil e a prática de instalação, configuração e uso do software utilizado para a operacionalização da ferramenta — SIGEP.

Mensagem do Chefe de Polícia
Dirigida aos alunos do Curso de Treinamento sobre Intimação por via Postal em setembro de 2009:

Eu quero fazer um chamamento a todos os policiais, delegados, inspetores e escrivães que trabalham na atividade fim da Polícia Civil, ou seja, nas delegacias de Polícia, para a importância do Curso de Intimação por Via Postal que representa a modernização da Polícia; representa a otimização dos recursos, ou seja, o Policial não vai precisar utilizar uma viatura, correndo riscos, se desgastando, gastando tempo, quando ele pode, simplesmente através do seu computador, desencadear o processo que vai fazer com que aquela pessoa que ele deseja ouvir seja chamada à Delegacia de Polícia. Tudo isto por um custo bastante razoável e sem correr o risco, que muitas vezes acontece, com aqueles policiais que saem sozinhos à rua para intimar pessoas. Por falta de efetivo, o servidor vai sozinho e aí termina, muitas vezes, sofrendo um acidente. Além disso, chamamos a atenção também que, ao aderir a este processo, não estamos afastando a possibilidade de ir, sim, com uma viatura chamar aquela pessoa que não comparecer. Ou seja, nós estamos utilizando um sistema moderno, econômico e eficaz, mas, nas situações em que não haja resultado satisfatório, simplesmente se recorre ao sistema anterior, intimando a pessoa da maneira mais ostensiva possível. Bom curso.

Projeto Boleiro finaliza atividades do ano com grande festa de Natal - Amapá

Cerca de 200 crianças e adolescentes atendidas pelo projeto Boleiro da Polícia Civil participaram da festa de confraternização natalina no último dia 19. Na programação, destaque para a peça teatral Grito de Alerta, encenada pelos integrantes do projeto, que abordou temas polêmicos como violência doméstica, alcoolismo, consumo e tráfico de drogas.

 O projeto Boleiro da Polícia Civil nasceu em 2005, como parte de uma ação ainda maior chamada Coração de Estudante. Realizado na sede da Associação dos Servidores da Segurança Pública- Assegup, o projeto desenvolve através da prática esportiva do futebol, natação, voleibol, judô e karatê, conceitos de inclusão e cidadania. Crianças e adolescentes na faixa etária de nove a dezessete anos participam das atividades. Um ônibus exclusivo do projeto transporta os estudantes para a sede do projeto. Coordenado pelo professor de educação física Lisboa, o Boleiro faz a diferença na vida dessas dezenas de famílias beneficiadas.

 O jovem acadêmico de educação física, João Carlos, é instrutor do projeto Boleiro e avalia a importância do esporte na formação de crianças e adolescentes, especialmente as mais vulneráveis em razão das dificuldades econômicas e exclusão social. “Aqui temos oportunidade de trabalhar valores associados a comportamento e condutas corretas para as nossas vidas e que muitos deles não tem acesso em razão das carências de formação”.

Para os que já completaram 16 anos são oferecidos cursos profissionalizantes em parceria com o SENAC, nas áreas de mecânica, informática, dentre outros que possam facilitar o ingresso no mercado de trabalho.

 Durante a festa teve distribuição de brinquedos para as crianças e camisas de time clubes de futebol para os adolescentes, além de muito lanche, refrigerante, pipoca, palhaços, brincadeiras para todas as idades e o tão esperado Papai Noel. As mães presentes também puderam se divertir diante da alegria de seus filhos e do show do cantor e policial civil Ícaro Rossi.

 A chegada do Grupo Tático Aéreo da Policia Civil – GTA chamou atenção da garotada. Delegado Celso Pacheco emocionou-se quando foi abordado pelo pequeno Luciano, de apenas quatro anos, filho do colaborador da Polícia Civil, Lourival Trindade. “Eu estava chegando e essa criança que me disse o seguinte: sempre vejo vocês voando, mas eu nunca tive a oportunidade de voar”, disse. Em seguida pediu autorização dos pais de Luciano e o levou para uma volta de helicóptero. Sonho realizado!

 No encerramento da festa, o Delegado Geral da Policia Civil, Paulo César Cavalcante Martins, ressaltou o quanto o projeto Boleiro é importante para a Polícia Civil. “Apesar de todas as dificuldades, o projeto não pode parar. Faremos todos os esforços para que no próximo ano muitas outras crianças possam ser atendidas. Entendemos que só através da parceria, do trabalho voluntário e do amor podemos construir um mundo melhor para as nossas crianças que tanto precisam de nossa ajuda. A maior satisfação é nossa em poder contribuir de alguma forma para melhorar a vida de quem tanto precisa”, finalizou.

Extraído do site:
http://www.policiacivil.ap.gov.br/noticias2009/noticiasdezembro.php

Projeto “Pais e Filhos Alfabetizados” ganha apoio da Polícia Civil - Acre


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Sex, 11 de Setembro de 2009 22:37
Pedro Paulo
altUma parceria entre a Secretaria de Estado da Polícia Civil (SEPC) e a escola estadual Georgete Eluan Kalume, localizada na Avenida Epaminodas Jacome, bairro Cadeia Velha, possibilitou a renovação da carteira de identidade de várias pessoas da comunidade que carregavam em suas cédulas de Registro Geral (RG), a frase: não alfabetizado.

“A Polícia Civil tem uma missão especifica: investigar de maneira célere e eficiente crimes diversos. Porém, um de seus princípios é promover cidadania. Essa é também uma ação de inclusão social”, destacou o secretário da PC, Emylson Farias, durante a cerimônia ocorrida, nesta sexta-feira (11), na sede da escola.

Conforme o chefe de polícia do Acre, a iniciativa da direção da escola Georgete Eluan Kalume é nobre e merece todo respeito. Emylson Farias fez questão de participar do ato de renovação das identidades dos alunos.

Depois de cumprimentar os servidores do setor de identificação, alunos e toda direção da escola o secretário da Polícia Civil prometeu aos estudantes do colégio, menores de idade, a primeira identidade. “Ao proporcionar esse documento de graça, o governo oferece segurança e cidadania e facilita na entrega dos educandos aos responsáveis na saída da escola”, completou Emylson.

O projeto já beneficiou 58 pessoas comprovadamente humildes que não tiveram a chance de estudar quando criança, que, somente agora com o serviço voluntariado dos professores da escola Georgete Eluan Kalume aprenderam ler e a escrever.

Tudo começou há seis meses, quando os educadores perceberam um grande índice de crianças retidas (fora da idade escolar) e o baixo desempenho de alguns alunos do colégio e até evasão. Em reunião interna, na secretaria da escola, os professores constataram que o problema estava ligado aos pais que sem saber ler não tinham como acompanhar os filhos nas disciplinas diversas.

Foi quando nasceu à idéia de estender o conhecimento aos pais e aos vós dos estudantes. Hoje, já são 34 os pais alfabetizados pelo trabalho desenvolvido na escola, graça ao voluntariado dos educadores do colégio Georgete Eluan Kalume.

Além de alfabetizar, os alunos idosos, foram inseridos em cursos profissionalizantes. Entre os quais a produção artesanal de bombons, tiaras, brochos e colares. Possibilitando com isso, aumentar a renda familiar dos alunos, principalmente pelo desempenho das mulheres.

Para ampliar a tarefa social a escola tem buscado outras parcerias, que resultaram na doação de material didático, fardamento e alimentação. Um dos principais parceiros é o Movimento de Alfabetização (Mova).

Duas empresas privadas também abraçaram a causa, levada a efeito pelo corpo docente da escola Georgete Eluan Kalume.  Essas parcerias produziram mais um benefício social: o casamento coletivo dos alunos, marcado para o próximo dia 19 de setembro.

“Estamos ansiosos com a possibilidade de implementar o atendimento a comunidade oferecendo uma cesta básica, denominada cesta verde, que já atende centenas de famílias em todo Brasil, pelo Programa Fome Zero, do governo federal, que estamos pleiteando junto a Prefeitura”, disse a professora Nilva Souza de Lima, diretora da escola .

A diretora acrescentou ainda a meta da escola é alcançar 100% dos analfabetos da comunidade, ainda que não sejam pais de alunos da escola. Conforme Nilva Lima, se trata de um esforço de todos os funcionários da escola da rede pública de ensino do Acre.

Uma forma de provar essa vontade de alfabetizar segundo ela, esta na servidora Maria do Carmo, que trabalha no período da manhã e a noite vaia para o colégio Georgete Eluan Kalume cuidar dos filhos dos alunos de idade, que são obrigados acompanhar os pais que alegam não ter com quem deixá-los em casa.

altGRATIDÃO - Aos 60 anos Raimunda Alves Paixão, disse que ser alfabetizada e ter uma identidade com sua assinatura é um dos momentos mais alegres de sua vida. “Eu pegava o ônibus errado, não sabia ler o nome da linha de destino, agora a escola mudou minha vida para melhor”, destacou Raimunda Paixão.

“Antes de aprender a ler era como se eu fosse cega. Meu filho pedia orientação e como eu não sabia ler o que estava escrito em seu caderno, nada podia fazer. Hoje faço parte de três gerações que estuda na mesma escola. É eu, meu filho e meu neto”, comemora a estudante.

Raimunda conta que uma das coisas difíceis pelas quais ela passou na vida foi pedir que estranhos fizessem a leitura de cartas de parentes que recebia e muitas vezes tinha sua intimidade reveladas para terceiros, pelo fato de não saber ler. “Cheguei a esperar até três dias para saber o que estava escrito, nas cartas que recebia”, disse.
 
Extraído do site:
http://www.pc.ac.gov.br/index.php?option=com_content&view=article&id=111&Itemid=29